quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quatro Fantasmas seduzem Nicole Scherzinger

Se alguém me perguntasse que cantora poderia ser Christine, de O Fantasma da Ópera, acho que uma das minhas últimas opções seria a ex-Pussycat Dolls e atual jurada do reality The X Factor, Nicole Scherzinger. Mas não é que ela foi convidada para cantar ontem o grande tema desse incrível musical no programa londrino Royal Variety Performance. E como companhia não um, mas quatro Fantasmas. Ramin Karimloo, Simon Bowman, Earl Carpenter e John Owen-Jones acompanharam a morena na apresentação em comemoração aos 25 anos da peça. Só mais uma coisa: não pense que ela deixou a desejar. Ao contrário, Nicole alcançou notas que eu realmente duvidei que ela conseguisse e arrasou. Vejam no vídeo e se arrepiem.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Kacau Gomes é simplesmente SENSACIONAL

Kacau Gomes como Lucy Harris em Jekyll & Hyde
A história do musical Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro, por si só, é linda. Quando feita por atores/cantores incríveis, aí não tem para ninguém. Além de ter no elenco Nando Prado (O Fantasma da Ópera, Miss Saigon) e Kiara Sasso (quase todos rs rs rs), uma pessoa me encantou na peça. Nunca (infelizmente) tinha ouvido falar em Kacau Gomes...uma grande estupidez de minha parte...porque quando essa mulher abriu a boca, interpretando a música como vocês verão, é quase impossível não se emocionar. Ela chegou a ser escalada para fazer As Bruxas de Eastwick, mas, ai ai, foi substituída. 

Na versão brasileira de Jekyll & Hyde ela fez a prostituta Lucy Harris, mas Kacau já passou por outras grandes produções, como Beatles num Céu de Diamantes, Godspell, Tudo é Jazz, além de ter feito dublagens para animações como Shrek, Mulan, Príncipe do Egito, A Princesa e O Sapo, Hércules, O Rei Leão, e turnês com cantores como Marisa Monte, Ivete Sangalo, Ed Motta, Carlinhos Brown, ufa.


Para conhecer o talento dessa pessoa, veja Kacau Gomes no espetáculo Standup Musical cantando Someone Like Me, do musical O Médico e o Monstro.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Musical do Homem-Aranha completa 1 ano. Confira a opinião de quem já assistiu

O mais caro musical da história da Broadway também foi o mais comentado em 2011. E, para tristeza dos produtores, o “falatório”, na maioria das vezes, não foi para elogiar. Com o nome Spider-Man - Turn Off the Dark, o musical do Homem-Aranha completou um ano de apresentações no final de novembro e ainda quebrou o recorde do Teatro Foxwood, arrecadando 2,07 milhões de dólares de bilheteria. O espetáculo de 70 milhões de dólares, entretanto, enfrentou todo tipo de problema, desde os acidentes sofridos pelos protagonistas da peça nas primeiras apresentações, passando por críticas devastadoras detonando a produção e a expulsão da diretora da obra, Julie Taymor (que ganhou um Tony pelo fantástico musical O Rei Leão), até o adiamento (seis vezes) da estréia oficial.

Sua primeira exibição ocorreu em 28 de novembro de 2010, mas a largada oficial foi apenas em junho deste ano. Desde então, mais de 600 mil pessoas passaram pelo teatro. Mas, um ano depois, os produtores ainda confirmam que algumas modificações precisam ser feitas. Por isso, a peça fechará em abril para ser reformulada e reabrirá em junho de 2012.

Infelizmente, eu (ainda) não assisti ao musical, então pedi para dois amigos e colegas de profissão escrever suas opiniões sobre o Homem-Aranha. Eles, gentilmente, aceitaram. Assim, quem pretende viajar para Nova York e tem a intenção de assistir ao espetáculo, já pode ter uma ideia do que irá encontrar.

 
Bibiana Sant’Ana – editora de turismo do Correio Popular e dona do blog www.comigonaviagem.com.br

O espetáculo da Broadway Spider Man – Turn Off the Dark vale cada centavo de dólar do (nada barato) ingresso. Com músicas do Bono e The Edge, o espetáculo teve estreia em junho, após alguns incidentes nos ensaios. Pudera. Só depois de assiti-lo, a gente consegue entender, afinal as acrobacias (com direito a estrutura de circo) são a tônica do espetáculo.

Apesar de as músicas serem dos figurões do U2, do enredo ser a conhecida história do Homem Aranha, para mim, o ponto alto do musical fica por conta dos cenários espetaculares, coloridos, que inserem o espectador na HQ da Comics.

Quer um conselho? Compre os ingressos no Brasil (site oficial: www.spidermanonbroadway.marvel.com), já que as filas são gigantes. Cuidado com o lugar que você vai escolher, pois poderá perder algumas acrobacias tanto do herói quanto do vilão Duende Verde (as poltronas da parte de trás e no balcão acho que são as melhores).

Paulo Campos – jornalista do portal RAC (www.rac.com.br), da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC)

Em minha última viagem aos Estados Unidos fui para Nova Iorque com o ticket de Spider-Man - Turn Off the Dark já comprado. Peguei uma poltrona lateral no alto do terceiro andar no teatro, depois vi que foi uma ótima escolha, assistindo as lutas do alto com uma visão clara de tudo.

Quanto ao musical, uma frase 'martelava' em minha cabeça, o que faz um bom musical? Para mim, mero novato na questão de apreciar musicais da Broadway, a música é algo que deveria ser limpa, clara e bem executada. Não posso ser tão cruel e destruir um espetáculo desse porte falando que nada da parte sonora valeu a pena. A sonoplastia e a orquestra deram um ótimo fundo para todas as ações do cabeça de teia. Quanto as músicas cantadas pelos atores aumentaram a minha decepção de modo geral ao ver dois norte-americanos sentados ao meu lado dizendo: Não estou entendo uma palavra - Imagine eu que tenho um inglês intermediário.

Os cenários são lindos, com muitos recursos tridimensionais e várias trocas de personagens ícones da história do Homem-Aranha. O problema é que muitos deles não condizem ao tempo em que a história é narrada - a origem do herói. Algo para eu, fã do personagem imperdoável, mas cabivel se levar em conta que o show é voltado para o grande público que lotou os cinemas para ver a película do super-herói.

Era possível ver dezenas de crianças e adultos rindo, chorando e vibrando com cada mergulho do aracnídeo pendurado por um mecanismo que permitia o herói realizar manobras iguais ao desenho animado.

Na minha opinião, apenas o cenário e a tecnologia empregada na peça fez valer a pena os US$100 gastos.

Sei que a comparação é complicada, mas o musical do Rei Leão para mim conseguiu me entreter e empolgar nos três quesitos: cenário, história e música.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Reportagem - Um campineiro em Hair


Minha matéria publicada no jornal Correio Popular - 04/12/11

Fábio Trindade
DA AGÊNCIA ANHANGUERA

No papel de D. Miguel em Império, de Miguel Falabella
Tudo começou em 2002, com o grupo amador de teatro musical Drama Club, do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos em Campinas. Na época, as atuações aconteciam apenas em montagens regionais de musicais da Broadway, como Footloose, mas, mesmo sendo musical, os hits precisavam ser dublados. Até então, o ator campineiro Ricardo Nunes, de 36 anos, só havia cantado em bandas de rock e feito teatro, em 1994, na escola que frequentou nos Estados Unidos durante um intercâmbio. Mas foi a partir dessas experiências que Ricardo se apaixonou pela área e desde então os musicais nunca mais saíram de sua vida. No elenco da superprodução Mamma Mia, em cartaz apenas até o próximo dia 18 no Teatro Abril, em São Paulo, a agenda do campineiro já está traçada. Em janeiro, Ricardo estará no clássico musical Hair, no Teatro Shopping Frei Caneca, também na capital.

Quando descobri que havia uma forma de teatro cantado que não era ópera, moderno e muito mais teatral, eu me encantei, pois senti que poderia juntar tudo que sempre gostei, a brincadeira de faz de conta, com a música e o canto. Depois do inicio no Drama Club, alguns amigos resolveram levar a serio essa diversão e montaram um grupo de musicais, para criar trabalhos autorais. Eu também quis seguir carreira, porque a música sempre foi a minha paixão”, lembrou Ricardo.

Em 2006, o campineiro se juntou ao grupo Couvert S/A, onde começou a ter experiências reais do trabalho de um ator de musical, criando, ensaiando, e divulgando o próprio trabalho. “Foi uma experiência maravilhosa e que me preparou pra fazer a audição do musical Império, do Miguel Falabella, no Rio de Janeiro. É uma área bem difícil, porque precisamos de dedicação total e não temos garantia nenhuma de continuidade.”

Como o pai e um dos irmãos são dentistas, para conseguir se dedicar a arte, estudando e fazendo aulas, Ricardo desenvolveu a habilidade de fazer dentes de porcelana, como forma de ganhar dinheiro. “Fiz alguns cursos e hoje trabalho também como ceramista dental nas horas vagas, quando estou em cartaz, e em tempo integral quando não estou em nenhum musical. Eu preciso me sustentar, ter o meu dinheiro, já que apenas teatro é uma área muito difícil. A gente não sabe quando vai ter trabalho. Fiz vários testes e não passei, mas agora, ainda bem, vou emendar um musical no outro. Estou trabalhando muito e com muita satisfação. Além disso, fiz faculdade e sou formado em psicologia, mas não atuo na área”, conta.

Cena do musical Jekyll & Hyde - O médico e o Monstro
A primeira superprodução musical vinda da Broadway, em São Paulo, que Ricardo participou, foi o sucesso Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro. No papel do antagonista Simon Stride, foi nessa peça que Ricardo conheceu e começou a namorar Kiara Sasso, a grande queridinha e o maior nome do teatro musical do País, tendo no currículo musicais como O Fantasma da Ópera, A Noviça Rebelde e A Bela e a Fera - além de ser a protagonista de Mamma Mia. “Foi em uma festa, pouco antes de estrear, que começamos a nos conhecer. Nossa relação funciona muito bem, afinal, nós dois fazemos a mesma coisa. A gente se ajuda nos trabalhos, ela já está bem avançada na técnica, então tiro dúvidas, ela me ajuda nas audições, na escolha das músicas. É muito gostoso.”

E foi justamente a Kiara que apresentou Hair ao Ricardo. “Ela é muito amiga do Cláudio Botelho e Charles Möeller (responsáveis pela versão e direção da peça), e me indicou para os testes. Ela já conhecia, tinha assistido, e me incentivou a fazer as audições. Já estamos ensaiando, eu farei o Hubert e talvez faça o alternante do George Burger, que é o protagonista. É muito legal”, disse. Kiara também estará no elenco de Hair.

Ricardo com o elenco de Mamma Mia
Entre seus sonhos, Ricardo gostaria de fazer o musical off-Broadway The Last Five Years, que explora o relacionamento de cinco anos de um casal, sendo que cada um deles conta a trajetória desse romance cronologicamente, porém, de forma reversa. Um do começo até chegar aos cinco anos, e o outro o contrário. “Tive a oportunidade de ir à Broadway, pela primeira vez, este ano. Foi Fantástico. Esse musical é fantástico, concorreu ao Tony, fico cantando as músicas. Eu prefiro musicais mais intimistas, do que aquelas peças fantasiosas. Outro musical que me agrada é Next to Normal, que é muito interessante.”

Hair

A estreia de Hair na Broadway foi há 40 anos, gerando polêmica e se tornando um fenômeno por retratar o nascimento do movimento cultural hippie e da revolução sexual dos anos 60. Hair conta a história da Tribo, um grupo de hippies cabeludos politicamente ativos da Era de Aquário, que levam uma vida boêmia em Nova York e lutam contra o alistamento militar para o Vietnã. Muitas de suas canções tornaram-se hinos dos movimentos populares anti-guerra do Vietnã nos Estados Unidos. Entre os sucessos, Aquarius e Let the Sunshine In marcaram época. O elenco da montagem paulistana mescla atores que participaram da temporada carioca. O musical fará temporada em São Paulo, de 13 de janeiro a 29 de abril de 2012, no Teatro Frei Caneca.








Alice: qualidade e diversão a preço de banana

Cena do musical Alice no País das Maravilhas, em Paulínia
É tão bom quando você sai de casa, tem uma ótima surpresa e fica satisfeito ao deixar o teatro. Pois nesse domingo foi exatamente isso que aconteceu. Trabalhar com cultura tem vários benefícios, como ficar sabendo de diversos acontecimentos pela cidade, seja espetáculos, peças, shows e por aí vai.
Uma adaptação do clássico Alice no País das Maravilhas foi apresentada esse final de semana no Theatro Municipal de Paulínia. Um musical, com direção de Fernanda Chamma (Hairspray, A Gaiola das Loucas, Aladdin). Mas não é um musical como estamos acostumados a ver. É uma versão feita com 600 crianças. Isso mesmo, 600. Porque, na verdade, faz parte do projeto de dança da cidade, e, no final do ano, geralmente eles fazem uma apresentação.
Quando conversei com a Fernanda, ela me explicou que viu a pré-estreia na Broadway com as outras duas organizadoras e que teve a ideia de trazer a história para a cidade, mas ela me adiantou que se tratava apenas de uma inspiração. Fiquei preocupado e pensando: como é possível colocar 600 crianças em um palco para contar uma história como essa. Mas é possível, e, digo mais, o resultado é bom.
Claro que o musical é infantil e feito, em sua maioria, por crianças que estão ali porque querem apenas se divertir. E, talvez por isso, o resultado seja tão positivo. Todas aquelas pessoas conseguiram passar a mensagem.
O musical de duas horas foi dividido em várias cenas. Algumas delas receberam um toque especial, com hits de outros musicais, números conhecidos dos brasileiros, como Os Saltimbancos, e até piadas a lá Zorra Total. Todos, encaixados brilhantemente.
Cada criança fazia apenas um número. Elas foram ao teatro para isso, dançar e cantar naqueles 3 ou 4 minutos, mas tempo que foi dedicado a eles. E, por isso, quando um grupo entrava em cena, ele estava feliz, ensaiado, cheio de energia e fazendo o melhor que podia, afinal, aquela era a chance que cada um tinha para agradar ao público, formado, obviamente, por muitos familiares.
Palco cheio é sempre muito gostoso. Deixa a peça animada, rápida e para cima. Tudo muito colorido e um figurino impecável. Flores, gatos, abelhas, cartas de baralho e corações em vários estilos, jazz, balé, sapateado. Tudo muito bem feito, organizado e divertido.
E, agora, vem a melhor parte. O espetáculo, como disse, foi no magnífico Theatro Municipal de Paulínia – que está no nível dos grandes teatros da capital. Para assistir essa peça, com a qualidade descrita e nesse lugar lindo, a pessoa tinha que desembolsar a fortuna de R$ 5,00. Sim, por esse valor que você não vai nem ao cinema, você consegue assistir a um show como esse, muito bem produzido e para toda a família.
No sábado, também acompanhei um espetáculo de dança de duas horas. A diferença é que para entrar, você tinha que deixar R$ 65,00 na bilheteria para ver números, digamos, amadores. Não é possível comparar uma coisa com a outra, mas quando existem iniciativas e boa vontade, seja pela parte pública ou privada, sempre é possível fazer um espetáculo que qualquer pessoa possa ver – e com qualidade. Mais um exemplo. Na quinta, assisti a peça O Amor e Outros Estranhos Rumores, com a global Débora Falabella, no teatro do Sesi. Sabe quanto para entrar no teatro: nadinha!

sábado, 3 de dezembro de 2011

A evolução dos musicais na coluna de Nelson Motta

Nelson Motta
Ontem, o Jornal da Globo foi encerrado com uma matéria maravilhosa.

A coluna do Nelson Motta mostrou que os musicais sempre foram as peças de maior prestígio nos teatros da Broadway, em Nova York, e agora no Brasil também vêm conquistam o público e garantindo ótimas bilheterias.

Infelizmente, não consegui baixar o vídeo e nem achei no Youtube, então coloquei o link da matéria para todo mundo assistir, porque é muito legal.

Começando com A Noviça Rebelde, a reportagem ainda traz imagens de O Fantasma da Ópera, A Bela e a Fera, Miss Saingon, Hairspray, Hair e por aí vai.

Coluna do Nelson Motta no Jornal da Globo mostra a evolução dos Musicais no Brasil

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Wicked, pelo menos na Broadway, não será mais o mesmo

Katie Rose Clarke como Glinda
Um dos meus musicais favoritos, e com certeza um dos melhores de todos os tempos, é Wicked. Obviamente, dedicarei um tópico específico para explicar toda a minha paixão pela peça, ao ponto de ter o CD no carro e ouvir praticamente toda semana. Mas esse não é o momento para isso. Na verdade, estou aqui apenas para dar uma notícia boa, e ao mesmo tempo ruim, sobre Wicked.
Depois de assistir ao musical, fiquei tão fascinado que queria ver tudo sobre a peça. Ficava horas procurando vídeos, lendo as novidades, ou mesmo o que já tinha acontecido, comunidades, etc. Alguns vídeos fazem algo legal, que é mostrar várias atrizes como Glinda, The Good Witch. Dona da cena mais engraçada do musical (Popular), é preciso muiiiiito talento para ser Glinda. A original, que desencadeou uma série de bruxas boas, foi a engraçadíssima Kristin Chenoweth – um dos grandes nomes da Broadway, escolhida, inclusive, para o musical começar em alta.
Mas, não menosprezando o talento dela, para mim, a melhor Glinda de todas é Katie Rose Clarke. Ok, ok, eu assisti Wicked (duas vezes) com ela e talvez isso influencie um pouco (rs), mas, como disse, vi dezenas de vídeos de Glindas e nenhuma consegue ser tão carismática e engraçada como Katie.
Ela começou no papel com a turnê americana e rodou os Estados Unidos por quase dois anos – de novembro de 2007 a agosto de 2009. Cinco meses depois, ela assumiu o papel na Broadway. Ela encantou o público em Nova York de janeiro do ano passado até fazer sua última apresentação na Big Apple, para tristeza de todos que puderam vê-la atuando, em setembro deste ano. Fiquei arrasado com a saída dela porque já me via a assistindo novamente. Mas nem tudo é possível.
Porém, Glinda já faz parte do sangue de Katie. Ela assumiu o papel novamente na turnê americana e re-estreou em Wicked agora em novembro. Ela fez uma apresentação sábado em Cincinnati, Ohio, e, pelo visto, vai ficar por mais algum tempo. A notícia é boa porque, quem estiver viajando pelos Estados Unidos, talvez tenha a oportunidade de assisti-la. Mas também é ruim porque, na Broadway, ela vai demorar muito para voltar.
Para conferir um pouquinho de seu talento, segue um vídeo de Popular. Infelizmente, o mais engraçado, durante a última apresentação da Carmen Cusack, foi retirado do ar, mas esse dá para ter uma noção.

Ahhhh, só mais uma coisa. Vi uma entrevista com a Kiara Sasso e ela disse uma coisa muito interessante. Ao ser questionada sobre qual musical ela quer muito fazer, de primeira ela respondeu WICKED. Será que Kiara quer ser Glinda ou Elphaba?????

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

As Bruxas de Eastwick: muita propaganda para pouco espetáculo

Três amigas se reúnem semanalmente para apreciar um bom vinho, falar sobre a vida e, claro, sobre homens - ou melhor, a falta deles. Num desses encontros elas resolvem imaginar como seria o companheiro perfeito. Mas o que elas não sabiam é que o desejo se tornaria realidade, e, para alegria geral, elas poderiam satisfazer todas as vontades mais secretas. O enredo de As Bruxas de Eastwick, conhecido principalmente pelo filme de 1987, estrelado por Jack Nicholson, Michelle Pfeiffer, Susan Sarandon e Cher, é picante, engraçado e diferente, uma combinação perfeita para um bom espetáculo. O problema é que, em partes, essa combinação não acontece. A peça ficará em cartaz no Teatro Bradesco apenas até o dia 11 de dezembro, por isso aproveito para escrever sobre o musical. Afinal, ainda dá tempo de correr para o teatro.
Provavelmente, muitos já assistiram ao filme, com elenco estrelado, baseado no livro de John Updike. Além disso, o espetáculo original de Londres (2000) já teve montagens nos Estados Unidos, Austrália, Rússia e República Tcheca. Cláudio Botelho (o talentoso) assina a adaptação para os palcos brasileiros e  Charles Möeller assume a direção da superprodução. Como a história é conhecida e de muito sucesso, a divulgação da peça foi estrondosa, principalmente por trazer Maria Clara Gueiros no elenco (que estava no auge da carreira fazendo a fogosa Bibi em Insensato Coração) e Eduardo Galvão (no ar na com o mesmo folhetim). Para ajudar, poucos dias antes da estreia oficial, as críticas que começavam a brotar denominavam a peça como obra-prima. Com tudo isso, a ansiedade e a expectativa pelo “primor” eram enormes.
Mas criar expectativa é algo problemático. Geralmente, a peça ruim fica horrível e a boa se transforma em mediana. E no caso de As Bruxas, não foi diferente. Achei que entraria no teatro e sairía sem fôlego (culpa da “venda” exagerada), mas deixei o Bourbon Shopping  (onde fica o teatro Bradesco) muito decepcionado.
Vamos lá. Os problemas maiores do musical são, algo inacreditável, as músicas. Elas são (com exceções, claro) chatas, mornas, longas, too slow e não cativam o público. Os solos dos artistas são enormes e chegam a cansar, principalmente quando as três amigas contam quem são elas e quais são seus problemas e desejos. A cena é interminável. Para tentar amenizar os números fracos, a personagem Garotinha entra vez ou outra intercalando as cenas para cantar/narrar a trama. Aliás, ponto para a Garotinha, que é ótima e tem um desfecho hilário. Mas não importa a história, um musical com músicas fracas nunca funciona.
Mas, calma, nem tudo está perdido, afinal, Fafy Siqueira está em cena. Como Felícia Gabriel, a ambiciosa, pilantra, fofoqueira e conservadora chefe da cidade, Fafy eleva o nível do musical. Com um talento irretocável, até mágica a atriz faz no palco, tudo para divertir o público – missão cumprida. Mas ela não é a única. O elenco de As Bruxas de Eastwick é ótimo.
Eduardo Galvão é um show à parte. Eu já gostava do Galvão depois de Gypsy, mas na pele do terrível e safado Darryl Van Horne, o ator arrebenta e protagoniza a melhor cena da peça, o número Dançar com o Demônio (confira o vídeo logo a baixo). Aliás, deixei o teatro com a música na cabeça (um ponto positivo para a superprodução). Galvão faz o canastrão com primor. Indescente, sarcástico e divertido.
O trio principal também é bom. Eu não assisti com Maria Clara Gueiros, que foi substituída por Germana Guilherme (a voz mais bonita das três), mas acho que não mudaria tanto (apesar de imaginar algumas piadas como a cara dela e que não ficaram tão engraçadas com a Germana). Renata Ricci é uma ótima e divertida atriz com voz de criança. Muito carismática e verdadeira. Apenas  Sabrina Korgut, como Jane Smart, me irrita um pouco. Eu não gosto muito do tom da voz dela e algumas interpretações passam do ponto, mas nada que prejudique a peça.
O famoso voo do trio pela plateia (encerrando o primeiro ato) cumpre todas as expectativas, sendo, inclusive, o segundo melhor momento da peça. A cena é muito bem feita e envolvente, com efeitos incríveis. O clima no teatro se transforma e o público fica, visivelmente, deslumbrado. Se essa não fosse, entretanto, a única parte cativante do primeiro ato, as coisas poderiam ser diferentes.
Como apenas propaganda não segura público, com pouco tempo em cartaz (a estreia aconteceu em agosto – eu assisti no começo de outubro, menos de dois meses depois), o elenco já se apresentava para um teatro vazio em pleno sábado. Com isso, as promoções começaram, afinal, a temporada estava lançada e uma produção dessa precisa se pagar. Então os últimos dias do musical estão com preços bem acessíveis (começando em R$ 35,00).
Só mais uma coisa. Preciso fazer apenas mais uma ressalva. Não levem crianças ao espetáculo, ou mesmo pessoas muito conservadoras. Diferentemente do que diz a propaganda -um show para toda a família -, certamente isso não é verdade. Na minha frente havia uma garotinha de uns 10 anos e fiquei incomodado por ela. A peça exagera nos palavrões (alguns disseram que era a pimenta brasileira, sem comentários quanto a isso), de todos os tipos, pesados, sem contar cenas que simulam sexo oral, orgia, entre outras coisas. Tudo tem limite.

sábado, 26 de novembro de 2011

O maravilhoso mundo da Disney ataca novamente

Cena de Newsies: The Musical, que estreia em março
Os musicais da Disney representam, de longe, todo o encantamento do universo Broadway. Produções grandiosas, com cenários e figurinos elaborados, palco cheio e enredos fofos, divertidos e emocionantes. Por isso, uma dica infalível é: quem nunca assistiu a um musical, não gosta do estilo, ou está na dúvida sobre o que assistir, escolha uma peça idealizada pela Disney, porque, certamente, você sairá satisfeito. Existem sim musicais melhores que os da Disney, inclusive, meu TOP 3 não inclui nenhum, mas o fato é que eles sempre acertam e oferecem ao público um lindo espetáculo. Os exemplos são muitos: O Rei Leão (que tem a cena mais bonita de todos os musicais que já assisti), A Bela e a Fera, Mary Poppins, A Pequena Sereia e por ai vai.

Para incrementar essa lista, a Disney Theatrical Productions anunciou oficialmente que Newsies: The Musical, uma peça inspirada no fenômeno cult de 1992, estrelado por Christian Bale, Bill Pullman, Robert Duvall e Ann-Margret vai estrear em 15 de março de 2012 no teatro Nederlander, na Broadway. A peça, inclusive, já tem data para terminar, em 10 de junho, o que contabiliza exatamente 101 apresentações (algo que soa familiar à Disney).

Baseado na greve de 1899, essa história sobre a virada do século, apresenta Jack Kelly, um entregador de jornais carismático que movimenta seus colegas entregadores para fazerem greve contra os grandes poderosos da indústria dos jornais, Joseph Pulitzer e William Randolph Hearst. Eles aumentaram o preço de distribuição de jornais, o que prejudicou as crianças que entregavam as publicações.

O novo musical trará músicas memoráveis do longa, como Santa Fe, The World Will Know, Carrying the Banner, Seize the Day e King of New York. O elenco, entretanto, não foi apresentado ainda. Os ingressos serão vendidos a partir do dia 30 de janeiro.

Mais por aí...

Sierra Boggess como Ariel, em A Pequena Sereia
Além do que o novo musical, o exército responsável pelos musicais da Disney tem outras novidades a caminho. Peter and the Starcatcher, um olhar, digamos, diferente sobre a história de Peter Pan, baseado no romance de mesmo nome de Dave Barry e Ridley Pearson, começa na Broadway também em março.

Uma nova versão de A Pequena Sereia vem sendo trabalhada pelo escritor especializado em teatro Doug Wright (que assinou a versão da Broadway) e será inaugurada na Holanda.

Mas não é só isso. Uma adaptação para os palcos de Aladdin está a caminho da Europa e a Disney planeja uma grande versão musical do clássico Dumbo, com o diretor de Billy Elliot, Stephen Daldry.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Muita música e dança com clássicos das telonas

O Mágico Inesquecível, de 1978
Não é teatro musical, mas os amantes do estilo podem gostar do especial. Entre os dias 1° e 29 de dezembro, sempre às 22h, o Telecine Cult exibe às quintas-feiras um festival de musicais. Serão cinco clássicos, assinados por Sidney Lumet, Norman Jewison, Woody Allen, pela dupla Robert Wise e Jerome Robins e por Bob Fosse.

A mostra Especial Musicais exibirá no dia 1° O Mágico Inesquecível (1978), versão musical do clássico O Mágico de Oz estrelada por astros negros. Com direção de Sidney Lumet, o filme conta a história de Dorothy, uma professora do Harlem que sai para procurar seu cão numa nevasca e, ao entrar num ciclone, vai parar num mundo mágico. Lá, deve procurar um poderoso mago que pode lhe indicar o caminho de casa, e para isso vai contar com a ajuda de novos e curiosos amigos. No elenco os ícones da música Michael Jackson e Diana Ross.

Na semana seguinte, dia 8, vai ao ar Jesus Cristo Superstar (1973), dirigido por Norma Jewison. O musical, vencedor do BAFTA na categoria trilha sonora, categoria que também disputou no Oscar, teve ainda seis indicações ao Globo de Ouro. O filme é uma versão da ópera rock homônima de Tim Rice e Andrew Lloyd Webber e conta os últimos dias da vida de Jesus Cristo.

No dia 15, Woody Allen dirige e atua no musical Todos Dizem Eu Te Amo (1996), no qual faz uma homenagem aos grandes musicais.O filme conta a história das aventuras emocionais de uma numerosa família de Nova York. Além da cidade norte-americana, a produção teve locações em Paris e Veneza e conta com Julia Roberts, Drew Barrymore, Edward Norton e Goldie Hawn no elenco. O musical concorreu ao Globo de Ouro de melhor filme em comédia/musical.

Dia 22 é a vez de Amor, Sublime Amor (1961), de Robert Wise e Jerome Robins, que entraram para a história como a primeira dupla a ganhar o Oscar de direção. Ao todo, o musical levou 10 estatuetas do Oscar. Inspirado em uma peça da Broadway de 1957, de Arthur Laurents e encenada por Jerome Robbins. Tanto a peça quanto o filme são uma livre adaptação de Romeu e Julieta, de William Shakespeare. A produção conta a história dos subúrbios de Nova York nos anos 50, quando duas gangues vivem em conflito constante: os Sharks e os Jets. Quando o ex-líder dos Jets e a irmã do atual líder da gangue rival se apaixonam, os orgulhos ficam feridos e a disputa se torna ainda mais acirrada.

Para fechar o Especial Musicais no dia 29 vai ao ar Charity, Meu Amor (1969), de Bob Fosse, que já tinha comandado o espetáculo na Broadway anos antes. O musical foi inspirado em As Noites de Cabíria, de Federico Fellini e recebeu três indicações ao Oscar.  O filme conta a história de Charity, uma dançarina de cabaré que passa por maus bocados na vida amorosa. Sempre otimista, ela procura encontrar o verdadeiro amor, mas sempre se envolve com os homens errados. Quando conhece o tímido Oscar, ela finalmente acredita que sua sorte irá mudar. No elenco estão nomes como Shirley MacLaine, John McMartin, Chita Rivera e Paula Kelly.

A programação completa pode ser conferida no site http://www.telecine.com.br/

Novidades (bizarras) na Terra dos Musicais

Primeira foto oficial de Evita, que estreia em 2012
Recentemente, ocorreu uma verdadeira enxurrada de informações bizarras sobre o mundo dos musicais. A primeira foi a volta de Evita à Brodway, com estreia prevista para abril de 2012, tendo Ricky Martin no clássico papel de Che-Guevara. Depois, Sylvester Stallone confirmou que Rocky: The Musical está sendo desenvolvido, com previsão de estreia em novembro de 2012, em Hamburgo, na Alemanha. E, como se ainda não bastasse, o produtor Harvey Weinstein (do longa My Week With Marilyn, forte candidato ao Oscar) quer que Katy Perry viva Marilyn Monroe na Broadway.

Evita conta a história de Eva Perón, atriz e líder política, que foi primeira-dama da Argentina quando o general Juan Domingo Perón foi eleito presidente do país. A peça volta aos palcos da Broadway após três décadas. A estreia em Nova York aconteceu em 1979, com Patti LuPone e Mandy Patinkin como protagonistas, e ficou em cartaz apenas quatro anos, faturando sete Tony’s. Na nova temporada, o porto-riquenho contracenará com a argentina Elena Roger e o americano Michael Cerveris como o casal protagonista.
Novo musical, com estreia para novembro
de 2012, em Hamburgo, na Alemanha
Para mim, a informação é bizarra pela qualidade (ou falta de) do musical. Por isso, achei importante dar a informação da estreia (os ingressos já estão, inclusive, à venda), porém, explicarei minha decepção com a peça posteriormente, em uma crítica específica sobre o musical.
Em relação a saga do boxeador Rocky Balboa, que tem seis filmes escritos e estrelados por Stallone, virar musical, o mínimo que se pode dizer é que será um desafio. Com produção do próprio ator ao lado dos irmãos e boxeadores ucranianos Wladimir e Vitali Klitschk, Stallone afirmou que, no fim das contas, Rocky é uma história de amor e, por isso, pode ser uma ótima peça.
O veterano da Broadway, Thomas Meehan (Os Produtores e Hairspray) irá escrever o roteiro. A trilha sonora para o espetáculo será feita pelo time responsável pelo musical Ragtime, mas, pelo menos isso, a famosa canção Eye of the Tiger, ícone dos filmes de Rocky, não ficará de fora.
Já o responsável pela cinebiografia My Week With Marilyn disse esta semana que a cantora Katy Perry seria a pessoa ideal para o papel caso o projeto para um musical realmente aconteça. "Se o filme funcionar, vamos tentar transformá-lo em um musical, e eu iria tentar Katy primeiro", disse o produtor. "Eu acho que ela seria incrível. Ela falou sobre o filme em suas redes sociais e 250 mil pessoas baixaram o trailer em uma hora."
Katy Perry pode ser Marilyn Monroe na Broadway
O filme, como as críticas já adiantaram, será sim um sucesso e promete, inclusive, diversas estatuetas douradas. Mas algumas considerações precisam ser feitas. No cinema, o papel ficou com Michelle Williams, que tem no currículo Namorados Para Sempre e O Segredo de Brokeback Mountain, sendo que ambos lhe renderam indicações ao Oscar. Enquanto a cantora pop apareceu apenas em um episódio de How I Met Your Mother e é a voz da Smurfette no filme Os Smurfs.

E mais um detalhe: será que ele já viu Katy Perry cantando ao vivo? Para ter essa visão estranha, eu realmente acho que não.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Reinventar para crescer: musicais invadem acampamentos de férias

Fernanda Chamma assina a direção artística
d edição do Circuito Broadway Camp 
Os musicais estão ganhando cada vez mais força no Brasil, finalmente. Para se ter uma ideia, no primeiro semestre de 2012, teremos pelo menos quatro superproduções acontecendo em SP ao mesmo tempo (A Família Addams, Cabaret, Hair e Priscilla - A Rainha do Deserto). Para acompanhar esse crescimento, e ter a possibilidade de transformar o País em um ninho de musicais, também é preciso ter profissionais a altura.
Estamos acostumados a ver sempre os mesmos (grandes) nomes do teatro musical nacional, que brilham em cada peça que fazem. Mas a diferença entre Brasil, Broadway e West End é que a nação verde e amarela ainda está dependente de alguns nomes, seja como protagonistas, ou mesmo os apoios. Nos outros dois locais, você vai de um teatro a outro e pensa “minha nossa, quanta gente talentosa. Como é possível?” Isso acontece, principalmente, porque existe MUITA concorrência, e para estar lá, você PRECISA se destacar, e isso é uma tarefa que exige muito.
Percebo que as coisas estão mudando lentamente por aqui, porque atualmente é possível sim sentar em um teatro sem os destaques atuais e ter uma grande noite.
Por outro lado, isso não é algo que possa ser alterado no curto prazo. Aproveitei então para fazer esse post porque recebi esta semana algo que achei interessante - não que eu seja fã de ficar fazendo divulgação. Mas, enfim, acho que é algo interessante.
Jovens entre 8 e 16 anos podem aproveitar as férias de janeiro de forma diferente. Os musicais da Broadway chegaram aos acampamentos de férias. Entre os dias 24 e 29 de janeiro, os acampantes do NR (na Serra da Mantiqueira em Sapucaí Mirim) poderão desvendar os segredos do estilo, aprender coreografias de peças famosas, cantar e descobrir como se tornar uma estrela dos palcos durante a primeira edição do CIRCUITO BROADWAY CAMP.
Seguindo os moldes de projetos internacionais consagrados, como o CAMP BROADWAY, que anualmente reúne milhares de participantes em acampamentos nos Estados Unidos, o CIRCUITO BROADWAY CAMP é um programa de férias temático, desenvolvido pelo Circuito Broadway e o NR Acampamentos. Nesse encontro, grandes nomes do teatro musical brasileiro estarão reunidos para uma série de workshops e aulas especiais de canto, dança, sapateado, estilo e interpretação com as estrelas dos palcos, como atores, diretores e coreógrafos.
Quem assina a direção artística é Fernanda Chamma, coreógrafa que têm grandes produções musicais no currículo, como A Gaiola das Loucas e os musicais que entram em cartaz ano que vem, A Família Addams e Xanadu.
Obviamente, cinco dias não deixarão nenhuma criança pronta para entrar em um musical, mas é um começo para os jovens descobrirem essa arte. Outro fator que precisa ser levado em consideração é o custo para passar esses cinco dias no Camping, que não é barato (R$ 1,8 mil). Por isso, analisar a vontade de fazer parte dessa área é fundamental. Mas tenho certeza que a atividade será, pelo menos, um ótimo divertimento.

Serviço

A Família Addams vai aterrorizar SP em 2012

A próxima superprodução prestes a aterrissar em São Paulo, vinda diretamente da Broadway, é o musical baseado na bizarra e amada família de personagens criada pelo legendário cartunista Charles Addams. A Família Addams vai estrear no dia 2 março de 2012, no Teatro Abril, e traz no elenco Marisa Orth e Daniel Boaventura (excelente escolha, diga-se de passagem) como o famoso casal Morticia e Gomez Addams. Clientes dos Cartões de Crédito Bradesco e American Express Membership Cards podem garantir seus ingressos com 20% desconto. A pré-venda exclusiva no site oficial (confira o serviço ao final do post) já começou e vai até o dia 10 de dezembro. O público geral poderá adquirir as entradas a partir do dia 11 do próximo mês.
O musical A Família Addams se tornou uma das mais bem sucedidas produções da Broadway quando estreou em abril de 2010 em Nova York, faturando mais de $ 64 milhões. Porém, o sucesso não durou muito e o musical terá sua última apresentação na cidade no dia 31 de dezembro deste ano, após 34 previews e 725 apresentações. Um tour nacional pelos EUA foi lançado no dia 15 de Setembro. O Brasil será o primeiro país fora dos Estados Unidos a receber a montagem. Sidney, na Austrália, também montará a peça, mas apenas em 2013.
A Família Addams apresenta uma história original, então não pense que alguns dos filmes, ou mesmo a série, serão lembrados no palco. No musical, a filha do casal protagonista se transformou em uma jovem mulher e se apaixonou por um doce e inteligente jovem de uma família tradicional. Sim, Wandinha Addams, a última princesa das trevas, tem um namorado "normal". Para os pais, Gomez e Morticia, esse é um acontecimento que irá virar de cabeça para baixo a casa dos Addams, principalmente quando eles são forçados a organizar um jantar para o jovem e seus pais.
História
Charles Addams viveu de 1912 até 1988, mas foi em 1933, quando tinha apenas 21 anos, que sua obra foi publicada na The New Yorker, e, ao longo de quase seis décadas, ele se tornou um dos colaboradores mais queridos da revista.
Os famosos personagens já fizeram parte de vários programas de televisão, cinema e agora deste musical da Broadway. Gomez, Mortícia, Tio Chico, Wandinha, Feioso, Vovó Addams e Tropeço já existiam em várias formas e aspectos nos quadrinhos de Addams que remonta à década de 1930, mas eles não foram realmente chamados assim até o início dos anos 1960, quando a série de televisão foi criada.
Serviço – A Família Addams
Local: Teatro Abril - Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista.
Estreia:  2 de março de 2012
Dias e Horários: Quintas e Sextas, às 21h; Sábados às 17h e 21h; Domingos, às 16h e 20h.
Capacidade: 1.530 lugares
Estacionamento: O teatro não possui estacionamento próprio
Assentos: O teatro conta com 16 assentos para deficientes físicos e 11 para pessoas obesas.
Classificação etária indicativa: Menores de 12 anos: permitida a entrada (acompanhados dos pais ou responsáveis legais).

Preços
SETOR                    Qui, Sex e Dom, às 20h        Sab 17h /21h e Dom, às 16h
PLATÉIA VIP           R$ 230,00                              R$ 250,00
PLATÉIA A               R$ 170,00                              R$ 190,00
PLATÉIA B               R$ 140,00                              R$ 150,00
CAMAROTE             R$ 170,00                              R$ 190,00
BALCÃO                   R$ 80,00                                R$ 90,00
BALCÃO                   R$ 70,00                                R$ 80,00

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Mamma Mia: quando o pesadelo vira sonho!

Tiago e eu no Winter Garden Theater, em NY, para ver Mamma Mia
 
Dois motivos fizeram Mamma Mia ser o musical escolhido para receber a minha primeira crítica. Primeiro porque ele ficará em cartaz em São Paulo, no Teatro Abril, apenas até o dia 18 de dezembro. O segundo motivo, muito melhor, é porque o musical representa, pelo menos até o momento, o melhor exemplo de que as produções nacionais não ficam devendo nada (nada mesmo) para as produções internacionais. E digo mais, o melhor exemplo de que produtos da casa podem sim ser MELHORES do que aqueles do lugar de origem.
A primeira vez que assisti Mamma Mia foi justamente na Broadway, em Nova York, algo que pode parecer, a princípio, incrível. A peça sempre esteve na minha lista “preciso assistir”, por várias razões, como ser extremamente famoso e trazer sucessos do ABBA, que eu adoro. Além disso, Mamma Mia está em cartaz no segundo mais bem localizado teatro da Broadway (o primeiro é Minskoff, de O Rei Leão), na própria rua Broadway (algo raríssimo). Então, realmente não tinha como ficar de fora.
Ao entrar no teatro, o azul florescente do palco chama a atenção, mas em termos de cenografia, já aviso, o brilho (literalmente) acaba aí. Mas esse não é o problema maior. Quando Sophie, a filha da personagem principal, logo no início, canta Honey, Honey com duas amigas em um palco vazio e sem graça, e, poucos minutos depois, Donna (a principal) apresenta Money, Money, Money do mesmo jeito, foi possível saber o que estava por vir: uma tremenda “forçação de barra”, com músicas jogadas, em números extremamente simples e fracos, sem o brilho (eu avisei) que qualquer musical deveria ter. Parecia que eu estava sentado no auditório da faculdade assistindo uma peça universitária, com um bando de jovens pulando sem sincronia de um lado para o outro cantando uma música alegre e conhecida. Pobre, um espetáculo pobre.
Sem contar que muitos atores eram patéticos (lembrando que isso era na Broadway), como John Dossett, que fez Sam na época. Ao ouvir do cantor a música S.O.S., no segundo ato, o meu sentimento era de desespero. Duvidei que Dossett conseguisse chegar ao fim da canção. Lastimável. E toda a peça foi assim, ao ponto de me deixar de mau humor. No ranking da época, a peça ficou entre as três últimas.
Para minha surpresa, Mamma Mia viria ao Brasil. “Com tanta coisa boa, eles trazem essa porcaria”, foi o meu primeiro pensamento. Mais surpresa ainda foi quando vi que o casal principal seria feito por Saulo Vasconcelos e Kiara Sasso, simplesmente the best ones no País. Relutei (muito) para sair da minha casa, em Campinas, e ir até São Paulo enfrentar mais 2h30 de lenga lenga. Entretanto, pensei que Saulo e Kiara valiam “o esforço”.
O azul florescente era exatamente o mesmo ao entrar no Teatro Abril e, mais uma vez, pensei: “o quê estou fazendo aqui?”. O arrependimento começou a desaparecer quando Patrícia Amoroso, a Sophie nacional, subiu ao palco e interpretou I Have a Dream com uma voz doce, limpa e apaixonante. “Pelo menos a atriz é melhor”, continuei pensando. Para melhorar, ufa, Kiara aparece - aquela que se cantar Atirei o Pau no Gato receba aplausos entusiasmados. “Nossa, com a voz dela a peça parece até melhor”, a cabeça não parava de comparar.
Mas não era apenas a voz (linda) de Kiara que estava melhor. Tudo parecia diferente. Os números bregas em NY pareciam melhores em SP. Pois é, não era apenas uma impressão. O pé direito começou, involuntariamente, a bater ritmado no chão conforme entrava e saía uma música. A começar pela versão incrível de Claudio Botelho, que conseguiu a proeza de não deixar os hits do grupo sueco extremamente bregas. E olha que as letras tinham tudo para ficarem bregas. Mas o talento dele é assunto para outro tópico.
Percebi que o elenco brasileiro era o diferencial. Contagiante, empolgada e real, a equipe fez o enredo (que ainda é fraco), dessa vez, pelo menos, ter sentido, aproximando o público, que torcia pela órfã pobrezinha e se divertia com Andrezza Massei no papel de Rosie. Os efeitos e os ótimos dançarinos deram magia à peça fraca (de história e cenografia). Voulez-Vous, que encerra o primeiro ato, é de tirar o fôlego. Saulo Vasconcelos ainda apagou (como não podia ser diferente) o fantasma (olha o trocadilho infame) que S.O.S. havia deixado.
Quando Pati Amoroso canta novamente I Have a Dream, para encerrar, me deixando com “nó na garganta”, realmente percebi que meu sentimento era outro por Mamma Mia. Sentimento que me fez dizer “uau” ao subir as escadas para chegar à av. Brigadeiro.
Muitas pessoas menosprezam as produções nacionais, mas tenho certeza (espero) que isso acontece apenas por falta de conhecimento. Porém, vejo que o preconceito é muito maior com Mamma Mia porque a peça “estraga” clássicos com letras nacionais. Eu só digo uma coisa para as pessoas que pensam assim: como vocês são bobinhos.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Do deslumbrante ao desastroso

Não sei exatamente quando começou, mas depois de certo número de musicais assistidos, alguns amigos (tão fanáticos quanto este que vos escreve) e eu começamos a comparar uma peça com a outra assim que deixávamos o teatro. Nessas comparações, frases como “esse é imbatível” e “é o pior de todos” eram inevitáveis. E foi a partir dessas discussões que decidimos montar, cada um o seu, um ranking dos musicais.
Revelarei aqui qual o meu ranking e, posteriormente, vou detalhar o motivo de cada posição. Aliás, isso será um prazer. Escrever minhas opiniões sobre cada peça é um dos motivos para este blog ter sido criado. E será um prazer saber se os amantes de musicais concordam, ou não, com as posições.
Vamos lá:

  1. O Fantasma da Ópera
  2. Les Miserables
  3. Love Never Dies
  4. O Rei Leão
  5. A Bela e a Fera
  6. Wicked
  7. Mary Poppins
  8. Hairspray
  9. Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro
  10. A Noviça Rebelde
  11. Mamma Mia
  12. Miss Saigon
  13. Cabaret
  14. Chicago
  15. Gypsy
  16. As Bruxas de Eastwick
  17. A Gaiola das Loucas
  18. Evita
  19. South Pacific
  20. Hair
  21. Cats
  22. Aladdin