quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quatro Fantasmas seduzem Nicole Scherzinger

Se alguém me perguntasse que cantora poderia ser Christine, de O Fantasma da Ópera, acho que uma das minhas últimas opções seria a ex-Pussycat Dolls e atual jurada do reality The X Factor, Nicole Scherzinger. Mas não é que ela foi convidada para cantar ontem o grande tema desse incrível musical no programa londrino Royal Variety Performance. E como companhia não um, mas quatro Fantasmas. Ramin Karimloo, Simon Bowman, Earl Carpenter e John Owen-Jones acompanharam a morena na apresentação em comemoração aos 25 anos da peça. Só mais uma coisa: não pense que ela deixou a desejar. Ao contrário, Nicole alcançou notas que eu realmente duvidei que ela conseguisse e arrasou. Vejam no vídeo e se arrepiem.


terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Kacau Gomes é simplesmente SENSACIONAL

Kacau Gomes como Lucy Harris em Jekyll & Hyde
A história do musical Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro, por si só, é linda. Quando feita por atores/cantores incríveis, aí não tem para ninguém. Além de ter no elenco Nando Prado (O Fantasma da Ópera, Miss Saigon) e Kiara Sasso (quase todos rs rs rs), uma pessoa me encantou na peça. Nunca (infelizmente) tinha ouvido falar em Kacau Gomes...uma grande estupidez de minha parte...porque quando essa mulher abriu a boca, interpretando a música como vocês verão, é quase impossível não se emocionar. Ela chegou a ser escalada para fazer As Bruxas de Eastwick, mas, ai ai, foi substituída. 

Na versão brasileira de Jekyll & Hyde ela fez a prostituta Lucy Harris, mas Kacau já passou por outras grandes produções, como Beatles num Céu de Diamantes, Godspell, Tudo é Jazz, além de ter feito dublagens para animações como Shrek, Mulan, Príncipe do Egito, A Princesa e O Sapo, Hércules, O Rei Leão, e turnês com cantores como Marisa Monte, Ivete Sangalo, Ed Motta, Carlinhos Brown, ufa.


Para conhecer o talento dessa pessoa, veja Kacau Gomes no espetáculo Standup Musical cantando Someone Like Me, do musical O Médico e o Monstro.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Musical do Homem-Aranha completa 1 ano. Confira a opinião de quem já assistiu

O mais caro musical da história da Broadway também foi o mais comentado em 2011. E, para tristeza dos produtores, o “falatório”, na maioria das vezes, não foi para elogiar. Com o nome Spider-Man - Turn Off the Dark, o musical do Homem-Aranha completou um ano de apresentações no final de novembro e ainda quebrou o recorde do Teatro Foxwood, arrecadando 2,07 milhões de dólares de bilheteria. O espetáculo de 70 milhões de dólares, entretanto, enfrentou todo tipo de problema, desde os acidentes sofridos pelos protagonistas da peça nas primeiras apresentações, passando por críticas devastadoras detonando a produção e a expulsão da diretora da obra, Julie Taymor (que ganhou um Tony pelo fantástico musical O Rei Leão), até o adiamento (seis vezes) da estréia oficial.

Sua primeira exibição ocorreu em 28 de novembro de 2010, mas a largada oficial foi apenas em junho deste ano. Desde então, mais de 600 mil pessoas passaram pelo teatro. Mas, um ano depois, os produtores ainda confirmam que algumas modificações precisam ser feitas. Por isso, a peça fechará em abril para ser reformulada e reabrirá em junho de 2012.

Infelizmente, eu (ainda) não assisti ao musical, então pedi para dois amigos e colegas de profissão escrever suas opiniões sobre o Homem-Aranha. Eles, gentilmente, aceitaram. Assim, quem pretende viajar para Nova York e tem a intenção de assistir ao espetáculo, já pode ter uma ideia do que irá encontrar.

 
Bibiana Sant’Ana – editora de turismo do Correio Popular e dona do blog www.comigonaviagem.com.br

O espetáculo da Broadway Spider Man – Turn Off the Dark vale cada centavo de dólar do (nada barato) ingresso. Com músicas do Bono e The Edge, o espetáculo teve estreia em junho, após alguns incidentes nos ensaios. Pudera. Só depois de assiti-lo, a gente consegue entender, afinal as acrobacias (com direito a estrutura de circo) são a tônica do espetáculo.

Apesar de as músicas serem dos figurões do U2, do enredo ser a conhecida história do Homem Aranha, para mim, o ponto alto do musical fica por conta dos cenários espetaculares, coloridos, que inserem o espectador na HQ da Comics.

Quer um conselho? Compre os ingressos no Brasil (site oficial: www.spidermanonbroadway.marvel.com), já que as filas são gigantes. Cuidado com o lugar que você vai escolher, pois poderá perder algumas acrobacias tanto do herói quanto do vilão Duende Verde (as poltronas da parte de trás e no balcão acho que são as melhores).

Paulo Campos – jornalista do portal RAC (www.rac.com.br), da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC)

Em minha última viagem aos Estados Unidos fui para Nova Iorque com o ticket de Spider-Man - Turn Off the Dark já comprado. Peguei uma poltrona lateral no alto do terceiro andar no teatro, depois vi que foi uma ótima escolha, assistindo as lutas do alto com uma visão clara de tudo.

Quanto ao musical, uma frase 'martelava' em minha cabeça, o que faz um bom musical? Para mim, mero novato na questão de apreciar musicais da Broadway, a música é algo que deveria ser limpa, clara e bem executada. Não posso ser tão cruel e destruir um espetáculo desse porte falando que nada da parte sonora valeu a pena. A sonoplastia e a orquestra deram um ótimo fundo para todas as ações do cabeça de teia. Quanto as músicas cantadas pelos atores aumentaram a minha decepção de modo geral ao ver dois norte-americanos sentados ao meu lado dizendo: Não estou entendo uma palavra - Imagine eu que tenho um inglês intermediário.

Os cenários são lindos, com muitos recursos tridimensionais e várias trocas de personagens ícones da história do Homem-Aranha. O problema é que muitos deles não condizem ao tempo em que a história é narrada - a origem do herói. Algo para eu, fã do personagem imperdoável, mas cabivel se levar em conta que o show é voltado para o grande público que lotou os cinemas para ver a película do super-herói.

Era possível ver dezenas de crianças e adultos rindo, chorando e vibrando com cada mergulho do aracnídeo pendurado por um mecanismo que permitia o herói realizar manobras iguais ao desenho animado.

Na minha opinião, apenas o cenário e a tecnologia empregada na peça fez valer a pena os US$100 gastos.

Sei que a comparação é complicada, mas o musical do Rei Leão para mim conseguiu me entreter e empolgar nos três quesitos: cenário, história e música.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Reportagem - Um campineiro em Hair


Minha matéria publicada no jornal Correio Popular - 04/12/11

Fábio Trindade
DA AGÊNCIA ANHANGUERA

No papel de D. Miguel em Império, de Miguel Falabella
Tudo começou em 2002, com o grupo amador de teatro musical Drama Club, do Centro Cultural Brasil-Estados Unidos em Campinas. Na época, as atuações aconteciam apenas em montagens regionais de musicais da Broadway, como Footloose, mas, mesmo sendo musical, os hits precisavam ser dublados. Até então, o ator campineiro Ricardo Nunes, de 36 anos, só havia cantado em bandas de rock e feito teatro, em 1994, na escola que frequentou nos Estados Unidos durante um intercâmbio. Mas foi a partir dessas experiências que Ricardo se apaixonou pela área e desde então os musicais nunca mais saíram de sua vida. No elenco da superprodução Mamma Mia, em cartaz apenas até o próximo dia 18 no Teatro Abril, em São Paulo, a agenda do campineiro já está traçada. Em janeiro, Ricardo estará no clássico musical Hair, no Teatro Shopping Frei Caneca, também na capital.

Quando descobri que havia uma forma de teatro cantado que não era ópera, moderno e muito mais teatral, eu me encantei, pois senti que poderia juntar tudo que sempre gostei, a brincadeira de faz de conta, com a música e o canto. Depois do inicio no Drama Club, alguns amigos resolveram levar a serio essa diversão e montaram um grupo de musicais, para criar trabalhos autorais. Eu também quis seguir carreira, porque a música sempre foi a minha paixão”, lembrou Ricardo.

Em 2006, o campineiro se juntou ao grupo Couvert S/A, onde começou a ter experiências reais do trabalho de um ator de musical, criando, ensaiando, e divulgando o próprio trabalho. “Foi uma experiência maravilhosa e que me preparou pra fazer a audição do musical Império, do Miguel Falabella, no Rio de Janeiro. É uma área bem difícil, porque precisamos de dedicação total e não temos garantia nenhuma de continuidade.”

Como o pai e um dos irmãos são dentistas, para conseguir se dedicar a arte, estudando e fazendo aulas, Ricardo desenvolveu a habilidade de fazer dentes de porcelana, como forma de ganhar dinheiro. “Fiz alguns cursos e hoje trabalho também como ceramista dental nas horas vagas, quando estou em cartaz, e em tempo integral quando não estou em nenhum musical. Eu preciso me sustentar, ter o meu dinheiro, já que apenas teatro é uma área muito difícil. A gente não sabe quando vai ter trabalho. Fiz vários testes e não passei, mas agora, ainda bem, vou emendar um musical no outro. Estou trabalhando muito e com muita satisfação. Além disso, fiz faculdade e sou formado em psicologia, mas não atuo na área”, conta.

Cena do musical Jekyll & Hyde - O médico e o Monstro
A primeira superprodução musical vinda da Broadway, em São Paulo, que Ricardo participou, foi o sucesso Jekyll & Hyde - O Médico e o Monstro. No papel do antagonista Simon Stride, foi nessa peça que Ricardo conheceu e começou a namorar Kiara Sasso, a grande queridinha e o maior nome do teatro musical do País, tendo no currículo musicais como O Fantasma da Ópera, A Noviça Rebelde e A Bela e a Fera - além de ser a protagonista de Mamma Mia. “Foi em uma festa, pouco antes de estrear, que começamos a nos conhecer. Nossa relação funciona muito bem, afinal, nós dois fazemos a mesma coisa. A gente se ajuda nos trabalhos, ela já está bem avançada na técnica, então tiro dúvidas, ela me ajuda nas audições, na escolha das músicas. É muito gostoso.”

E foi justamente a Kiara que apresentou Hair ao Ricardo. “Ela é muito amiga do Cláudio Botelho e Charles Möeller (responsáveis pela versão e direção da peça), e me indicou para os testes. Ela já conhecia, tinha assistido, e me incentivou a fazer as audições. Já estamos ensaiando, eu farei o Hubert e talvez faça o alternante do George Burger, que é o protagonista. É muito legal”, disse. Kiara também estará no elenco de Hair.

Ricardo com o elenco de Mamma Mia
Entre seus sonhos, Ricardo gostaria de fazer o musical off-Broadway The Last Five Years, que explora o relacionamento de cinco anos de um casal, sendo que cada um deles conta a trajetória desse romance cronologicamente, porém, de forma reversa. Um do começo até chegar aos cinco anos, e o outro o contrário. “Tive a oportunidade de ir à Broadway, pela primeira vez, este ano. Foi Fantástico. Esse musical é fantástico, concorreu ao Tony, fico cantando as músicas. Eu prefiro musicais mais intimistas, do que aquelas peças fantasiosas. Outro musical que me agrada é Next to Normal, que é muito interessante.”

Hair

A estreia de Hair na Broadway foi há 40 anos, gerando polêmica e se tornando um fenômeno por retratar o nascimento do movimento cultural hippie e da revolução sexual dos anos 60. Hair conta a história da Tribo, um grupo de hippies cabeludos politicamente ativos da Era de Aquário, que levam uma vida boêmia em Nova York e lutam contra o alistamento militar para o Vietnã. Muitas de suas canções tornaram-se hinos dos movimentos populares anti-guerra do Vietnã nos Estados Unidos. Entre os sucessos, Aquarius e Let the Sunshine In marcaram época. O elenco da montagem paulistana mescla atores que participaram da temporada carioca. O musical fará temporada em São Paulo, de 13 de janeiro a 29 de abril de 2012, no Teatro Frei Caneca.








Alice: qualidade e diversão a preço de banana

Cena do musical Alice no País das Maravilhas, em Paulínia
É tão bom quando você sai de casa, tem uma ótima surpresa e fica satisfeito ao deixar o teatro. Pois nesse domingo foi exatamente isso que aconteceu. Trabalhar com cultura tem vários benefícios, como ficar sabendo de diversos acontecimentos pela cidade, seja espetáculos, peças, shows e por aí vai.
Uma adaptação do clássico Alice no País das Maravilhas foi apresentada esse final de semana no Theatro Municipal de Paulínia. Um musical, com direção de Fernanda Chamma (Hairspray, A Gaiola das Loucas, Aladdin). Mas não é um musical como estamos acostumados a ver. É uma versão feita com 600 crianças. Isso mesmo, 600. Porque, na verdade, faz parte do projeto de dança da cidade, e, no final do ano, geralmente eles fazem uma apresentação.
Quando conversei com a Fernanda, ela me explicou que viu a pré-estreia na Broadway com as outras duas organizadoras e que teve a ideia de trazer a história para a cidade, mas ela me adiantou que se tratava apenas de uma inspiração. Fiquei preocupado e pensando: como é possível colocar 600 crianças em um palco para contar uma história como essa. Mas é possível, e, digo mais, o resultado é bom.
Claro que o musical é infantil e feito, em sua maioria, por crianças que estão ali porque querem apenas se divertir. E, talvez por isso, o resultado seja tão positivo. Todas aquelas pessoas conseguiram passar a mensagem.
O musical de duas horas foi dividido em várias cenas. Algumas delas receberam um toque especial, com hits de outros musicais, números conhecidos dos brasileiros, como Os Saltimbancos, e até piadas a lá Zorra Total. Todos, encaixados brilhantemente.
Cada criança fazia apenas um número. Elas foram ao teatro para isso, dançar e cantar naqueles 3 ou 4 minutos, mas tempo que foi dedicado a eles. E, por isso, quando um grupo entrava em cena, ele estava feliz, ensaiado, cheio de energia e fazendo o melhor que podia, afinal, aquela era a chance que cada um tinha para agradar ao público, formado, obviamente, por muitos familiares.
Palco cheio é sempre muito gostoso. Deixa a peça animada, rápida e para cima. Tudo muito colorido e um figurino impecável. Flores, gatos, abelhas, cartas de baralho e corações em vários estilos, jazz, balé, sapateado. Tudo muito bem feito, organizado e divertido.
E, agora, vem a melhor parte. O espetáculo, como disse, foi no magnífico Theatro Municipal de Paulínia – que está no nível dos grandes teatros da capital. Para assistir essa peça, com a qualidade descrita e nesse lugar lindo, a pessoa tinha que desembolsar a fortuna de R$ 5,00. Sim, por esse valor que você não vai nem ao cinema, você consegue assistir a um show como esse, muito bem produzido e para toda a família.
No sábado, também acompanhei um espetáculo de dança de duas horas. A diferença é que para entrar, você tinha que deixar R$ 65,00 na bilheteria para ver números, digamos, amadores. Não é possível comparar uma coisa com a outra, mas quando existem iniciativas e boa vontade, seja pela parte pública ou privada, sempre é possível fazer um espetáculo que qualquer pessoa possa ver – e com qualidade. Mais um exemplo. Na quinta, assisti a peça O Amor e Outros Estranhos Rumores, com a global Débora Falabella, no teatro do Sesi. Sabe quanto para entrar no teatro: nadinha!

sábado, 3 de dezembro de 2011

A evolução dos musicais na coluna de Nelson Motta

Nelson Motta
Ontem, o Jornal da Globo foi encerrado com uma matéria maravilhosa.

A coluna do Nelson Motta mostrou que os musicais sempre foram as peças de maior prestígio nos teatros da Broadway, em Nova York, e agora no Brasil também vêm conquistam o público e garantindo ótimas bilheterias.

Infelizmente, não consegui baixar o vídeo e nem achei no Youtube, então coloquei o link da matéria para todo mundo assistir, porque é muito legal.

Começando com A Noviça Rebelde, a reportagem ainda traz imagens de O Fantasma da Ópera, A Bela e a Fera, Miss Saingon, Hairspray, Hair e por aí vai.

Coluna do Nelson Motta no Jornal da Globo mostra a evolução dos Musicais no Brasil