quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Musical do Homem-Aranha completa 1 ano. Confira a opinião de quem já assistiu

O mais caro musical da história da Broadway também foi o mais comentado em 2011. E, para tristeza dos produtores, o “falatório”, na maioria das vezes, não foi para elogiar. Com o nome Spider-Man - Turn Off the Dark, o musical do Homem-Aranha completou um ano de apresentações no final de novembro e ainda quebrou o recorde do Teatro Foxwood, arrecadando 2,07 milhões de dólares de bilheteria. O espetáculo de 70 milhões de dólares, entretanto, enfrentou todo tipo de problema, desde os acidentes sofridos pelos protagonistas da peça nas primeiras apresentações, passando por críticas devastadoras detonando a produção e a expulsão da diretora da obra, Julie Taymor (que ganhou um Tony pelo fantástico musical O Rei Leão), até o adiamento (seis vezes) da estréia oficial.

Sua primeira exibição ocorreu em 28 de novembro de 2010, mas a largada oficial foi apenas em junho deste ano. Desde então, mais de 600 mil pessoas passaram pelo teatro. Mas, um ano depois, os produtores ainda confirmam que algumas modificações precisam ser feitas. Por isso, a peça fechará em abril para ser reformulada e reabrirá em junho de 2012.

Infelizmente, eu (ainda) não assisti ao musical, então pedi para dois amigos e colegas de profissão escrever suas opiniões sobre o Homem-Aranha. Eles, gentilmente, aceitaram. Assim, quem pretende viajar para Nova York e tem a intenção de assistir ao espetáculo, já pode ter uma ideia do que irá encontrar.

 
Bibiana Sant’Ana – editora de turismo do Correio Popular e dona do blog www.comigonaviagem.com.br

O espetáculo da Broadway Spider Man – Turn Off the Dark vale cada centavo de dólar do (nada barato) ingresso. Com músicas do Bono e The Edge, o espetáculo teve estreia em junho, após alguns incidentes nos ensaios. Pudera. Só depois de assiti-lo, a gente consegue entender, afinal as acrobacias (com direito a estrutura de circo) são a tônica do espetáculo.

Apesar de as músicas serem dos figurões do U2, do enredo ser a conhecida história do Homem Aranha, para mim, o ponto alto do musical fica por conta dos cenários espetaculares, coloridos, que inserem o espectador na HQ da Comics.

Quer um conselho? Compre os ingressos no Brasil (site oficial: www.spidermanonbroadway.marvel.com), já que as filas são gigantes. Cuidado com o lugar que você vai escolher, pois poderá perder algumas acrobacias tanto do herói quanto do vilão Duende Verde (as poltronas da parte de trás e no balcão acho que são as melhores).

Paulo Campos – jornalista do portal RAC (www.rac.com.br), da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC)

Em minha última viagem aos Estados Unidos fui para Nova Iorque com o ticket de Spider-Man - Turn Off the Dark já comprado. Peguei uma poltrona lateral no alto do terceiro andar no teatro, depois vi que foi uma ótima escolha, assistindo as lutas do alto com uma visão clara de tudo.

Quanto ao musical, uma frase 'martelava' em minha cabeça, o que faz um bom musical? Para mim, mero novato na questão de apreciar musicais da Broadway, a música é algo que deveria ser limpa, clara e bem executada. Não posso ser tão cruel e destruir um espetáculo desse porte falando que nada da parte sonora valeu a pena. A sonoplastia e a orquestra deram um ótimo fundo para todas as ações do cabeça de teia. Quanto as músicas cantadas pelos atores aumentaram a minha decepção de modo geral ao ver dois norte-americanos sentados ao meu lado dizendo: Não estou entendo uma palavra - Imagine eu que tenho um inglês intermediário.

Os cenários são lindos, com muitos recursos tridimensionais e várias trocas de personagens ícones da história do Homem-Aranha. O problema é que muitos deles não condizem ao tempo em que a história é narrada - a origem do herói. Algo para eu, fã do personagem imperdoável, mas cabivel se levar em conta que o show é voltado para o grande público que lotou os cinemas para ver a película do super-herói.

Era possível ver dezenas de crianças e adultos rindo, chorando e vibrando com cada mergulho do aracnídeo pendurado por um mecanismo que permitia o herói realizar manobras iguais ao desenho animado.

Na minha opinião, apenas o cenário e a tecnologia empregada na peça fez valer a pena os US$100 gastos.

Sei que a comparação é complicada, mas o musical do Rei Leão para mim conseguiu me entreter e empolgar nos três quesitos: cenário, história e música.

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